Lirismo

Não sou alegre,
Nem sou triste
E muito menos sou poetiza...

Sou apenas eu,
Meio cheia das coisas do mundo
E vazia das pessoas...

Alguém cansada do lirismo namorador
Que se tem durante a vida...
Abaixo ao lirismo dos loucos....

Um adeus

Um dia ele acordou pela manhã e sentiu mais forte o cheiro das flores.
Resolveu ficar um pouco mais deitado para aproveitar o momento de ter a mulher ao seu lado,
Beijou-a como a muito tempo não fazia,
Levantou-se, observou os filhos ainda dormindo e sorriu como se a vida fosse sempre bela...
Ao descer a escada contou os degraus que a muito não fazia.
Sentiu-se cansado em fazer isso, mas estava feliz.
Chegando na cozinha abriu a geladeira e encontrou o inesperado.
Lá estava aquele pudim de leite que mais gostava.
Logo partiu um grande pedaço e sentou-se para comer.
Uhum! Estava um delicia...
Voltou ao quarto, beijou novamente a mulher como forma de agradecimento.
Tomou um banho bem demorado, vestiu sua melhor roupa e saiu...
Na garagem ligou o carro e saiu dirigindo e cantando pelas ruas.
O sinal fechou no primeiro cruzamento,
E ao abrir ele não pode perceber que a sua vida acabaria naquele momento,
Ao avançar com o carro ouvi-se um grito...
Por três exatos segundos lembrou-se de sua esposa, de seus filhos, do pudim que havia comido e de que a vida passa como um flash e que nem sempre temos tempo para aproveitá-la melhor...